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Tentando ser sexy na Nova Economia

  • Duto Sperry
  • 28 de mar. de 2017
  • 3 min de leitura

“Na hora de agir, o que nos motiva?

Até onde podemos e devemos ir para fazer valer o que pensamos?”

Duto Sperry

Sustentabilidade e Criação

28.03.2017

A última publicação do Ricardo Daumas é muito estimulante para uma reflexão permanente sobre a hora de agir. Na hora de agir, o que nos motiva?

Até onde podemos e devemos ir para fazer valer o que pensamos?

Enxergo claramente separadas as ações dos cidadãos e as das empresas. São universos irmanados nos princípios do pensamento mas muito distantes no momento da ação.

Ao pensar em sustentabilidade o cidadão organiza a sua conduta cotidiana motivado por valores e crenças pessoais. É uma questão quase que de consciência. Em seu mundo, a milionária contribuição das pequenas coisas irá construir um futuro melhor. Na esfera do indivíduo este futuro abriga contradições, suporta momentos de dúvidas com muito mais complacência que o mundo das empresas. Para o cidadão está cada vez mais fácil constatar essa nova realidade, fala-se muito disso nos filmes, nas musicas, nas novelas, nos produtos que ele consome, nas redes sociais. Sua relação com a família, com o trabalho, com seus sonhos, determinarão um caminho e uma atitude quando a realidade assim o obrigar. Ele pode errar, tentar de novo até acertar. É um caminho construído por realidades concretas e decisões subjetivas.

Do outro lado da rua está a ação das empresas. Essas empresas precisam e desejam ser percebidas como “sustentáveis”. É o que se chama de “the new sexy”.

Mas não é apenas a vaidade, a necessidade de poder se sentir vista como uma empresa sustentável. O fato é que neste mundo novo, as empresas vistas como sustentáveis serão mais bem recebidas, serão favorecidas nos processos de escolha e fidelização, verão seus empregados sentirem orgulho em pertencer a esta empresa. E sobretudo terão uma melhor performance. E serão cobradas por seu discurso, por suas ações e pelos compromissos assumidos.

O desejo e a necessidade

A empresa se move de um jeito diferente do cidadão. Para a empresa as motivações são concretas e as decisões mais concretas ainda. É preciso acertar, é preciso atingir metas, é preciso fazer e seguir um planejamento. O futuro bate à porta todos os dias pela manhã. O consumidor responde mecanicamente e se for mal estimulado, se ele tiver um “amor não correspondido”, ele parte. Os processos internos da empresa não tem uma finalidade neles mesmos. Eles precisam dar certo.

E veja bem, o consumidor é apenas UM dos stake holders.

E acima dessas questões de mercado, reina uma verdade soberana: gostem ou não gostem, importem-se ou não sobre como irão “sair na foto”, todos devem estar de acordo com a lei.

Existe uma legislação que embora ainda em aperfeiçoamento, é ampla, severa, complexa e que não pode ser deixada de lado, ou postergada.

A empresa precisa conhecer as obrigações que se aplicam a sua atividade, seja em relação a licenças ambientais, à indústria, às pessoas, aos fornecedores etc etc.

Colocar todos esses assuntos em sintonia definitivamente não é algo que se faça de uma hora para outra, como quem apaga um incêndio. É um processo que deverá fazer parte da empresa, se misturar com sua essência.

Para as empresas a questão de sustentabilidade não é mais apenas uma questão de dar um like ou dar de ombros. O que se apresenta é a necessidade imperativa de assegurar-se de estar fazendo a coisa certa e tomar uma atitude definitiva : olhar organizadamente para seus problemas na área de sustentabilidade, eleger as interferências desejadas e as possíveis, e começar imediatamente a construção de um futuro que não pode mais ser adiado.

A Nova Economia é cheia de possibilidades e de exigências. É preciso trabalhar a cada dia, com as ferramentas certas, com as pessoas certas.

A rapadura é doce mas não é mole.

Boa semana!

Duto Sperry

Sustentabilidade & Criação– SOLU9


 
 
 

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